Trabalhar na China | Visto de Negócios

China - Visto de Negócios

Em 2012 e 2013 o visto de negócio para os artistas que trabalhavam na China era a "grande jogada" para economizar dinheiro/tempo e evitar ser pego trabalhando com visto de turista. Não que ser pego trabalhando com visto de negócios fosse isentar o infrator. Porque não importa o tipo de visto, só é permitido trabalhar com o visto apropriado. O visto de negócios apenas dava uma falsa segurança por ser um visto com mais status. 

Como assim Status?

O visto de negócio é emitido para pessoas que naturalmente visitam a China para fazerem negócios.
Importação e exportação são as palavras que definem o visto de negócios. Ele dura(va) 6 meses e possuem múltiplas entradas para facilitar a vida dos empresários que precisam visitar a China várias vezes em um curto prazo, logo não precisam ficar refazendo o visto toda viagem. 

Com o visto de turista você só pode entrar na China uma vez, caso saia antes mesmo do visto expirar tem de fazer um novo. 

Há a opção de múltiplas entradas mas acaba ficando mais caro por apenas 3 meses de duração.

Esse é o terceiro post da saga "Trabalhar na China", para saber mais sobre Visto de Turismo clique aqui, ou sobre como é emitido o Visto de Trabalho clique aqui.

Me atrevo a dizer que o visto de negócios é um dos vistos mais emitidos na China. Tirando os artistas que conheci na China, conheci também muitas pessoas que realmente fazem negócios por lá. 

Todos sabemos a potência que é a China quando se trata de exportação.

Como que um artista que não faz negócios na China pode obter um visto de negócios?

Todo país tem seus métodos para a emissão de visto. Cada tipo de visto requer documentos diferentes. Para o visto de negócios os documentos são um pouquinho mais complexos do que o de turismo. Segue um exemplo bem básico.

Eu tenho uma empresa ou trabalho para alguma empresa que não pertence a China, então uso o nome da minha empresa na hora de enviar os documentos para a emissão do visto. 

Pode ser também, uma carta convite de alguma empresa chinesa para uma reunião de negócios. 

O visto de negócios por si só já  lhe remete sua função "negócios". É para fazer negócios e não para trabalhar para alguma empresa chinesa.

Funcionou muito "bem" para muitos artistas durante alguns anos, mas depois o cerco foi se fechando.

A temporada no Happy Valley Park tinha acabado e consequentemente meu visto de trabalho também. Alguns artistas que trabalharam comigo no parque voltaram para o Brasil. Eu e mais duas artistas conseguimos contrato para seguir trabalhando.

Uma das meninas conseguiu um contrato como modelo em um clube chamado Truecolor, eu e outra dançarina conseguimos um contrato em um restaurante brasileiro dentro do Hotel Intercontinental em Foshan, uma cidade perto de Hong Kong.
Para continuar trabalhando precisávamos de visto válido, eu já não era mais inocente e sabia que nem todo contratante ia me dar um visto de trabalho. 

O clube Truecolor prometeu visto de trabalho para a modelo, mas precisava de um tempo para gerenciar as papeladas. Então fomos até Hong Kong para fazer o novo visto como os novos contratantes sugeriram.

Eu não estava com medo, pois eu estaria trabalhando dentro de um hotel renomado, as minhas colegas russas trabalham há anos na China em hotéis e nunca tiveram problemas, eu também não tive.
No hotel conheci um casal de venezuelanos que trabalhavam como músicos no bar. Eles trabalhavam para uma empresa de Pequim (Beijing), e tinham visto de trabalho. Essa empresa trabalha com entretenimento, músicos chineses e estrangeiros. Não me aprofundei nos detalhes, mas foi fácil de deduzir que talvez não fosse uma regra fixa de que o visto de trabalho precisava ser realmente emitido na cidade de trabalho.
Se alguém tem uma informação mais precisa pode deixar nos comentários.

E pela primeira e última vez fiz meu Visto de Negócios

Eu estava feliz, pois agora eu tinha de 6 meses. Bora trabalhar!

A felicidade durou apenas 3 meses.

Durante 2 meses eu trabalhei com minha amiga Isis, no terceiro mês entrou mais uma menina.

Agora éramos em três e não tínhamos planos de voltar para o Brasil. 

Finalizamos 1 mês de contrato e conseguimos outro também de 1 mês. 

Só que as outras duas meninas tinham apenas 2 semanas de visto válido!

E foi aí que a vaca foi pro brejo!

Quer saber como fomos pegas trabalhando ilegalmente?

Então não perca a próxima postagem que contarei o apuro que passamos!

Fiquem com Deus! Beijo da Gaivota!